Da Terra para Marte, com amor:

Não sei como o tempo passa em Marte,
nem como aí percebem o espaço.
Não sei como seus corpos interagem
- se é que têm corpos.

Como, então, eu poderia dar-te um abraço
ou desejar-te o equivalente
a uma manhã ensolarada
de céu limpo
coração aberto
ouvidos atentos
à distorção do som
da guitarra psicodélica
de uma faixa aleatória
que ouvi/cheirei
e com isso me inspirei
a deixar-te esse recado
da Terra para Marte
ou em qualquer parte
da Lua você esteja?

Arnaldo Ventura

Comentários

  1. Nossa! Você consegue, com suas palavras, transmitir o que sentimos na alma...��

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Era pra ser um soneto invertido

Às vezes II (ou Verificação empírica)